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segunda-feira, 2 de junho de 2014

Implicações Éticas da Engenharia Genética

Implicações Éticas da Engenharia Genética

 Introdução
Desde os primeiros tempos da produção agrícola e da criação de animais que o Homem seleciona indivíduos com características pretendidas, fazendo até cruzamentos selectivos. Através do desenvolvimento tecnológico, foram formadas novas técnicas para o estudo e manipulação do material genético. Assim, a engenharia genética é a manipulação direta do DNA de seres vivos, alterando a sua estrutura e características. Tecnologia do DNA recombinante é outra forma de reconhecer a engenharia genética.
As principais aplicações das manipulação do DNA são:
·         Estudo de mecanismos de replicação e expressão génica;
·         Determinação da sequência de um gene e proteína codificada;
·         Desenvolvimento de organismos geneticamente modificados;
·         Aperfeiçoamento e rentabilização de processos produtivos (vinho);
·         Aumento do rendimento de plantas com interesse agronómico e da qualidade nutritiva de alimentos;
·         Estudo da genética na saúde.
Desta forma, são levantadas várias questões quanto às implicações éticas da engenharia genética.


























Implicações éticas da engenharia genética

A engenharia genética levanta várias implicações éticas, quer seja no âmbito ambiental, quer seja no âmbito humano.
Quanto aos aspectos ambientais, a engenharia genética pode provocar uma diminuição acentuada da biodiversidade, uma vez que são escolhidos apenas os organismos com as características pretendidas, e porque são criados indivíduos com resistência aos seus consumidores, desequilibrando toda a cadeia alimentar. Pode também provocar uma disseminação incontrolada dos genes e ainda alterações definitivas no genoma de certas espécies – estas alterações são definitivas, pois quando se consegue a característica pretendida, há uma reprodução em massa, sendo o genoma inicial extinto.
Por outro lado, nos aspectos humanos, as questões postas são mais numerosas.
Em primeiro lugar surge o problema da eugenia, que busca o aperfeiçoamento dos seres humanos através de manipulações genéticas sem fins terapêuticos, ou seja, há uma selecção artificial. Desta forma, haveria características dominantes que permaneceriam e outras que desapareceriam.
Em segundo lugar, ao obter-se um total mapeamento do genoma humano, os pais podem “descartar-se” dos fetos quando estes apresentarem doenças, ou até modificarem os filhos para que estes tenham certas características.
Em terceiro e último lugar, surge o problema da privacidade genética, em que uma pessoa pode passar a ser contratada para um emprego através do seu genoma, em vez dos seus estudos. Desta forma, surge outro problema, a descriminação genética. Assim, a ficha genética de cada um deve ser confidencial.





















Conclusão

Conclui-se que a engenharia genética é algo que pode trazer grandes mudanças para a humanidade, quer sejam benéficas ou maléficas.
Pode descobrir a cura para muitas doenças, pode acabar com a fome de muitas crianças, trazer mais rendimento a um país e melhorar as condições de vida de muitas pessoas. Por outro lado, diminui a biodiversidade, muda o genoma de espécies de forma definitiva e provoca disseminações, ao nível ambiental; ao nível humano, pode provocar homogenia, quebras de privacidade, alterações do genoma humano, manipulação de indivíduos e descriminação.
Conclui-se ainda que se deve ter muito cuidado com as aplicações que a ciência nos dá.


































Referências bibliográficas



Ribeiro, Elsa; Silva, João Carlos; Oliveira, Óscar (2013). BioDesafios. ASA

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