Nota: Este foi um trabalho entregue em formato v-gowin, mas devido a uns problemas técnicos, apresento-o assim heheheh espero que percebam e que vos ajude!
Anexo
1: Princípios
Todos
os organismos vivos necessitam de energia para sobreviver e assegurar o seu
metabolismo celular. No caso dos microorganismos, estes extraem a energia dos
compostos orgânicos e transferem-na para moléculas de ATP, por respiração
aeróbia ou por fermentação. A primeira ocorre na presença de oxigénio, mas a
segunda apesar de ter menor rendimento, ocorre sem a presença deste gás. A
fermentação pode ser alcoólica, acética ou lática.
Grande
parte dos procedimentos de produção e conservação de alimentos estão
dependentes dos processos fermentativos dos microorganismos, como neste caso, o
pão. A produção do pão é realizada através da fermentação alcoólica. Neste
processo, o amido dos cereais é degradado em glicose, e a fermentação realizada
por leveduras (Sacchharomyces cerevisiae –
presentes no fermento) durante a incubação. A glicolise é degradada em
piruvato, e este reduzido a CO2 e a etanol, sendo o primeiro o
responsável pelo volume e textura porosa da massa, e o segundo evapora-se
durante a cozedura.
A
temperatura óptima de atuação das enzimas responsáveis pela formação do pão é
de 40ºC, para valores muito diferentes deste, há desnaturação e inibição da
acção enzimática.
Anexo 2: Procedimento
- I. Marcou-se quatro gobelés com as letras de A a D;
- II. Colocou-se 50g de farinha e 50ml de água em cada gobelé;
- III. Adicionou-se 4g de fermento de padeiro aos gobelés B,C e D;
- IV. Agitou-se as misturas;
- V. Com um marcador, marcou-se a altura da massa de cada um dos gobelés e registou-se;
- VI. Cubriu-se todos os gobelés com papel de alumínio;
- VII. Colocou-se os gobelés A e B na estufa a 40ºC, o gobelé C à temperatura ambiente e o gobelé D no frigorífico;
- VIII. Assinalou-se e registou-se a altura de massa em cada gobelé, em intervalos de 20 minutos;
- IX. Construiu-se um gráfico e analisou-se os resultados obtidos.
Anexo 3: Conclusões
O gobelé A e B encontravam-se nas mesmas
condições de temperatura. Assim, como A não cresceu conclui-se que as leveduras
influenciam o crescimento da massa. Isto é, são as leveduras que a fazem “crescer”.
Os gobelés B, C e D encontravam-se nas mesmas
condições excepto na temperatura. Então, como D não cresceu, conclui-se que a
temperaturas baixas a actividade das leveduras fica condicionada, por exemplo,
devido à desnaturação das enzimas. A massa do gobelé C cresceu, mas não de uma
forma acentuada, isto pois a temperatura ambiente não era suficientemente alta
para que a atuação das leveduras fosse óptima. Por fim, seria de esperar que a
massa do gobelé B crescesse de uma forma mais acentuada, mas tal não aconteceu
pois a temperatura não foi estabilizada aos 40ºC, ultrapassando-os. Desta
forma, num intervalo de tempo inicial cresceu rapidamente, mas depois, em
condições de temperatura demasiado altas, as leveduras ficaram condicionadas.
Conclui-se ainda, que a produção de pão depende
da fermentação alcoólica, onde leveduras descarboxilam o ácido pirúvico,
formando etanol e libertando dióxido de carbono. O álcool evapora devido ao
calor da cozedura e o CO2
confere a estrutura porosa
característica do miolo. Também se conclui que para que a fermentação se realize é, além da
utilização de leveduras, necessário uma temperatura ideal (cerca de 40ºC).
Anexo 4: Resultados
Gobelés
Tempo (min)
|
A
|
B
|
C
|
D
|
0
|
100mL
|
100mL
|
100mL
|
100mL
|
20
|
100mL
|
300mL
|
175mL
|
100mL
|
0
|
100mL
|
300mL
|
300mL
|
150mL
|
60
|
100mL
|
320mL
|
350mL
|
150mL
|

Anexo
5: Resposta à pergunta inicial
A
temperatura influencia a actividade das leveduras, pois estas têm um valor
óptimo de ação.
Para
valores muito inferiores a 37º C, as enzimas ficam desnaturadas, não atuando. É
por esta razão que para se conservar massa, congela-se ou coloca-se a mesma no
frigorífico.
Para
valores ligeiramente inferiores a 37ºC (temperatura ambiente, por exemplo –
gobelé C) há uma atuação das leveduras, mas não com o rendimento máximo ou com
velocidade mais lenta.
Para
valores superiores ao óptimo, há também uma desnaturação das enzimas das
leveduras, uma perda da estrutura das proteínas.